CARLOS MARTINS- Jose Carlos Martins de Almeida, sanjoanense, filho do coronel, estudou desenho e pintura com vários mestres, dedicando-se durante algum tempo ao desenho e aquarela. Detentor de diversos prêmios nacionais e internacionais de pintura. Participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Falecido em 2001. Na década de 80, quando incentivava de diversas formas os jovens artistas da cidade, deu inicio a varias campanhas pela restauração do antigo Grupo Escolar, conseguindo inclusive no governo Brizola, uma verba para a restauração do mesmo.
CORONEL TEIXEIRA- Manoel Jose Nunes Teixeira, português radicado em nossa cidade, aqui se casou duas vezes, a segunda com D Marianna Teixeira, para quem construiu o casarão na década de 1870, vereador e Presidente da Câmara Municipal por diversas vezes, mandou construir o matadouro, a estrada de Grussai, adquiriu o prédio onde instalou a Prefeitura. Um dos principais acionistas da Companhia de Navegação São João da Barra e Campos. Falecido em 1904.
HISTORIADOR FERNANDO JOSE MARTINS. Nascido em São João da Barra no inicio do século XIX, de tradicional família sanjoanense. Descendente do patriarca João Velho Pinto, traçou a genealogia dos fundadores da cidade e escreveu um importante livro sobre a fundação e povoamento da Capitania da Paraíba do Sul e das vilas de Campos e São João da Barra. Foi o precursor de todos que estudaram o norte fluminense. Pai do Dr. Silva Coutinho, um dos grandes Vultos da Historia do Brasil. Era advogado, major da guarda nacional, vereador por diversas legislaturas. Foi dos maiores de nossa historia.
JOÃO BRIGIDO DOS SANTOS – Nascido em S.João da Barra em 03 de dezembro de 1829, faleceu no Ceará em 14 de outubro de 1921. Advogado militante, professor de latim, fundador e diretor de diversos jornais na capital cearense. Professor de Gramática no Liceu de Fortaleza. Com o jornal “Unitário” foi considerado o maior jornalista do norte do Brasil. Foi Deputado Provincial, Deputado Geral e Senador pelo Ceará. Membro do Instituto Histórico, Geográfico e Etnológico Brasileiro, do Instituto Arqueológico de Pernambuco, patrono da cadeira nº 14 da Academia Cearense de Letras. Autor de diversos livros e obras.
CECILIO SANTOS LAVRA, nasceu em S.João da Barra em 25 de outubro de 1859, aprendeu as primeiras letras com o padre João Francisco da Cruz Paula. Muito jovem trabalhou como tipógrafo no “Monitor Campista” tendo travado amizade com o talentoso Raymundo Correa, então Promotor em nossa cidade, o maior luminar do Parnasianismo Brasileiro. Poeta de grande talento faleceu tuberculoso em Campos em 1887. Escreveu dentre outros o livro “Angiolina” e “Pena de Dois Bicos” em parceria com outro sanjoanense famoso Pinto Neves.
MANOEL GOMES MOREIRA, nascido em S.João da Barra em 05 de março de 1852, filho de Anna Gomes de Souza Vianna e Luiz Gomes Moreira e Souza, de tradicionais famílias sanjoanenses. Casou-se com Anna Rosa de Souza Lyrio com quem teve diversos filhos. Tenente da Guarda Nacional foi fundador e editor do jornal sanjoanense “O Despertador” surgido em 24 de março de 1872. Foi editor dos jornais “O Progressista” e “Primeiro de Março”. Mudando-se para Niterói contribuiu para a imprensa daquela cidade atuando ao lado de Alberto Torres.
JOSÉ HENRIQUES DA SILVA, português de nascimento, mas sanjoanense de coração, Zériques, foi dos maiores batalhadores pelo progresso do povo de nossa terra. Capitão da Guarda Nacional casou-se em S.João da Barra com América Brasília de Miranda e tiveram 11 filhos. Fundou em 1880 o jornal “São João da Barra”, fazendo desse, trincheira para a defesa de nossa cidade e sua gente. Grande poeta escreveu dentre outros o poema-canção “Perdão Emilia”, grande incentivador do teatro local, foi fundador do clube Democrata e de sua Lyra.
RUY ALVES nasceu em São João da Barra, filho do Coronel Amando Alves da Silva e de D.Virgilina Amaral, formado em advocacia foi grande amante das artes e das letras tendo composto um livro de poesias e crônicas intitulado “Lá onde o Sol nasce” sobre a praia de Atafona. Colaborando na imprensa campista e local escreveu diversos artigos sobre nossa historia e curiosidades de nossa gente. Como seu irmão Newton Alves foi dos maiores intelectuais de nossa terra.
UBALDO SENA, nascido em São João da Barra, filho de Chilperico Sena, foi trabalhador da industria de Bebidas J.T.Aquino Filho, membro atuante da irmandade de São Benedito, casado com Nenzinha Sena tiveram 11 filhos. Um dos baluartes do clube União dos Operários, foi musico desde a infância até pouco antes de seu falecimento. Patriarca de preclara família esteve ao lado de Amedio Venâncio e Valdemiro Ferreira na condução daquela banda centenária.
ECYLA DINIZ, nascida em São João da Barra no inicio do século XX, filha de Vigilina e Coronel Amando Alves, casada com Wilson Diniz e conhecida pelas diversas obras sociais que implantou em nossa cidade, da qual destacamos o Asilo São João Batista e o Lar Amando Alves (hoje Educandário Santa Cecília). Uma das mulheres mais elegantes de nossa sociedade, Ecyla cresceu mimada pelos pais que construíram para ela um jardim de rosas raras no chalé da rua dos Passos, prendada e culta como as moças da elite local, cursou a Academia de Belas Artes no Rio de Janeiro onde foi diversas vezes premiada pela sua pintura acadêmica. Depois de casada residiu por muitos anos em Cabo Frio retornando a S.João da Barra onde se dedicou a filantropia. Em seus últimos anos retomou a pintura deixando diversas obras de umas fases alegres, coloridas em oposição a sua fase acadêmica.
JOÃO ROCHA, um dos maiores artistas fotográficos de nossa terra. Herdeiro de seu tio Alberto de Campos Rocha, também fotografo, Joãozinho iniciou-se cedo na fotografia e por muitas décadas foi o fotografo oficial da cidade, sendo figura chave em batizados, casamentos, aniversários e até velórios. João Rocha por mais de meio século foi o testemunho iconográfico da sociedade sanjoanense, dos seus hábitos e de sua cultura.
MILVA BESSA – D.Milva foi zeladora da igreja de São Pedro por muitos anos, casada com Irani Machado deu a luz muitos filhos e deixou numerosa prole da qual surgiram vários artistas. Moradora do bairro do Coqueiro reunia em torno de sua casa um grupo de jovens amigos de seus filhos e netos, para diversas atividades culturais das quais destacavam-se bandos, quadrilhas, teatros, casamentos na roça, quermesses e a famosa festa de Santo Antonio de D. Milva, tradição de muitos anos animando os friorentos meses de junho, numa época em que as festas juninas eram os maiores eventos culturais. Guardiã de ancestrais tradições culturais formava com D. Ucha Moreira as baluartes da cultura popular.
JOÃO OSCAR DO AMARAL PINTO, nascido em São João da Barra, filho de Nilza e Manoel de Souza Pinto formado em Direito, era membro de diversas academias de literatura em Campos e Teresópolis, um dos mais destacados intelectuais de nossa cidade, escreveu diversos livros dos quais destacamos o importante “Apontamentos para a Historia de São João da Barra”, referencia para todos os historiadores que desejam debruçar-se sobre a historia da região. Biografo de Narcisa Amália, conhecedor profundo da historia da Inconfidência Mineira. Foi secretario de Educação e Cultura. Presença ainda viva na memória dos Sanjoanenses dispensa maiores informações.
DORIS CUNHA, de tradicional família sanjoanense, filha de Aventina e Célio Cunha, iniciou-se cedo na dança freqüentando desde menina diversas academias em Campos onde se destacou sempre pela dedicação com que se entregava a dança clássica. Depois de formada e em atenção ao anseio de diversas jovens sanjoanenses montou com seus pais a academia “Lê Printemps” precursora da dança clássica em nossa cidade. Mestra de Carina Meireles, Aline Miranda, Helen Bongosto, Helen Cardoso, dentre outras foi pioneira nesta dança hoje tão propagada entre as jovens da cidade e que agora se inaugura gratuita para crianças de todas as classes.
BRAGA NETO- artista sanjoanense, autodidata. Sua pintura primitiva, também chamada naiff, infelizmente não sobreviveu para a posteridade, no entanto seus contemporâneos ainda guardam na memória suas telas repletas de barquinhos embandeirados nas festas de São João, suas quadrilhas, fogueiras, enfim seus diversos motivos folclóricos de um colorido invulgar.
CORIOLANO HENRIQUES- filho de Jose Henriques da Silva nasceu em SJBarra em 07 de dezembro de 1893. Foi dos mais completos artistas sanjoanenses, carnavalesco, cenógrafo e figurinista de teatro, autor teatral, pintor, ator, compositor e poeta. Sua arte sempre carregada de expressão e paixão encantava ao povo sanjoanense e aos que tinham o privilegio de conhecer Cori em seus diversos ofícios culturais. Coriolano era autodidata e deixou além de vastíssima obra vários seguidores de seu oficio de artista múltiplo e extraordinário.
JOAQUIM DA CAMARA PAVÃO- completa a tríade artística sanjoanense. Nascido em S.J. Barra em 12 de agosto de 1864 e falecido em 1926, foi funcionário publico responsável pelo cemitério da cidade. Tinha ainda uma empresa funerária, numa época em que os velórios eram verdadeiras festas de despedida com, decoração nas casas e carroça para o féretro com cavalos emplumados. Também artista completo, Pai Dedé, como era chamado era pintor, carnavalesco, responsável por desfiles de carroças com gigantescas alegorias. Fundador do Grêmio Teatral Filhos do Progresso que em 1906 inaugurou o teatro São João com a peça “O Emigrado”. Fundador do Clube Democrata cuidava de todas as festas e eventos da cidade em fins do século XIX.