segunda-feira, 26 de março de 2012

Congos comemora 80 anos

 
Uma noite dedicada a muito samba marcou a comemoração dos 80 anos do G.R.E.S. Congos no ginásio de esportes, no sábado 24. Inúmeros homenageados como destaques do carnaval e amigos da escola.
O ginásio ficou pequeno para grandes fantasias de luxo e pagode com o grupo Free Samba, com a participação especial da bateria da escola de samba Mocidade Louca de Campos dos Goytacazes, da bateria furiosa do Congos além da madrinha Thaís Malhardes, rainha Taiane Barreto, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Marlucia e Elder Amaral, Nelcimar Pires, Marines Avezedo, Ronalty Ferreira.
De acordo com o presidente da escola de samba, Flávio Raposo, o evento marca mais uma vitória da escola. “A comemoração começou no início deste ano com nosso belíssimo desfile. Relembrar momentos inesquecíveis e homenagear pessoas que sempre contribuíram para o brilhantismo da escola é de grande importância", afirma Flávio.
Conheça a história do Congos
Corria o ano de 1932. Era uma sexta-feira, véspera de carnaval, por volta das 17h. Na Padaria Luz, de propriedade do Sr. Eduardo Marcelino, situada à Rua dos Passos, centro de São João da Barra, entre os padeiros, tendo à frente José Gomes Teixeira (Tuiú), surgiu a idéia de organizar uma brincadeira para o carnaval.
Todos acataram a idéia e imediatamente escolheram o nome “NÃO ME DEIXE SOZINHO”,para o bloco que iriam formar.
Muito animados, no dia seguinte (sábado) foram às outras padarias e convidaram alguns padeiros para participarem da brincadeira.
No domingo de Carnaval eles se reuniram, pintaram o corpo de preto, a boca de vermelho e os olhos de branco. No nariz e nas orelhas colocaram argolas. Nos braços e nas pernas usavam palhões.
Assim preparados, saíram dançando e cantando uma animada marchinha em direção à casa do Sr. Antônio Fernandes Gomes.
Chegando lá pintaram os irmãos Arlindo e Nhozinho Fernandes, que se integraram ao bloco, e vieram em direção à Rua São João.
Zé Teixeira, Benedito Brutelo e Nonô Carcereiro, rapazes mais novos , acompanhavam a brincadeira.
Ao passar pela casa de Dona Quinhinha, mãe de Tuiú, esta rindo muito, exclamou:
- Vocês estão parecendo com os CONGOS !
Então, todos gostaram da sugestão e disseram:
- É isso mesmo, Dona Quinhinha ! Está escolhido. O nome do bloco vai ser CONGOS !
Acompanharam Tuiú na criação do bloco CONGOS vários de seus amigos, como Batista Valiengo, Manoel Januário, Dimas Manoel Peixoto, Manoel Barreto, Joaquim Barboza, Domingos Bacalhau (o primeiro porta-estandarte), Ataliba Mello, Nié, Salvador, Genaldo Paes (o primeiro baliza), Celso Pirralho, Zé Lalaia, João Caboclo, Zacarias Gregório, e outros mais.
Já como CLUBE CONGOS, o primeiro presidente foi o Sr. Dimas Manoel Peixoto, conhecido como Peixotinho.
Era dos próprios que saíam no bloco e do que se apurava no “livro de ouro” , ou ainda do bolso dos seus diretores, que vinha o dinheiro para a fantasia e para os carros alegóricos, sempre desfilando ao ritmo da marcha-rancho.
Mas é desde 1968 que, ao som do samba, o nosso antigo bloco, hoje GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA CONGOS, desfila com o seu incontestável brilho e ares de grande vencedor, a cada carnaval que passa.

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