sexta-feira, 30 de março de 2012

AS IGREJAS E OS SOLARES DOS CORONÉIS


 Não tardará a nossa cidade completar seus 400 anos em 2020, quando calculo eu, far-se-á uma festa muito maior e mais bonita do que a do Sesquicentenário, diga-se de passagem, um fracasso.
                    Mas o quarto centenário será deslumbrante, creio eu, pois estaremos vivendo nosso apogeu. A cidade, qual fênix, renasceu de suas próprias cinzas superando a crise que se abateu sobre ela no século XX, reassumindo seu lugar de importante porto no norte fluminense.
Alguém poderá até questionar, por que comemorarmos o quarto centenário em 2020? Teremos realmente todo esse tempo de existência?
Nossa historia comprova tal antiguidade; sem contarmos o tempo da capitania de Pero de Góis, pelos idos de 1550/60, surgem por essas plagas em torno de 1600/20 um grupo de pescadores estabelecendo-se na foz do Paraíba onde morre a mulher do líder Lourenço do Espírito Santo que sobe o rio fundando a cidade. Em 1644 temos nossa capela de São João reconhecida pela Igreja Romana, em cerimônia oficiada pelo prelado D.Antonio de Mariz Loureiro, data dessa época a nossa igreja matriz, talvez a mais antiga de todo o norte do Estado.
Não tão antigas são as igrejas de N. Senhora da Boa Morte, São Benedito e São Pedro, mas rivalizam com a matriz em beleza e elegância com suas linhas sóbrias e suas sólidas construções. As imagens que ornam os altares, verdadeiras obras de arte dentre as mais perfeitas saídas da Bahia, encantam aos visitantes da cidade. Temos um patrimônio histórico artístico encantador atestando esses quatrocentos anos. Nossas mais expressivas construções são os prédios religiosos, pois durante anos foram eles o centro gravitacional da vida social da cidade, durante anos a sociedade sanjoanense contribuiu com o que tinha de melhor para o soerguimento desse patrimônio.
Contar a historia desses prédios é contar a historia da cidade. Construídos a principio de madeira e palha foram aos poucos conquistando solidez e beleza à proporção que a cidade evoluía e estiveram do mesmo modo ameaçadíssimos de destruição na decadência econômica da cidade, como ocorreu com a maioria das casas particulares. Não fosse o zelo do povo talvez não mais existissem.
Por outro lado, se as igrejas continuam resistindo ao tempo e as intempéries, o mesmo não podemos falar dos palacetes construídos para residências dos maiorais da cidade, algums construídas com esmero, requinte e solides não resistiram ao declínio e foram ao chão transformando em pó as historias que continham, assim destruí-se o sobrado de quatro andares doado por Brito Pinto, para escola; A companhia de Navegação e todo o conjunto de casas ao lado, de Mariquinha Salva e Chico Roberto, o sobrado de Senhorzinho Valle; O sobrado de Peixe Frito na Rua das Palmeiras, o Mocambo com seus três andares na rua direita, o casarão de Manoel Dias Alecrim, depois pertencente aos prancheiros, na praça do pelourinho, hoje barracão do GRESS Congos, dentre outros.
Mas se o tempo foi cruel com esses, poupou o soberbo prédio do Comendador André Gonçalves da Graça, transformado em Fórum; o sobrado do Cel Francisco Pinto, único ainda servindo de residência para a mesma família, sendo inclusive constantemente conservado pelo Dr. Luiz Fernando Pinheiro; a casa solarenga dos Arahujo na Rua dos Passos também com a família, mas não tão bem conservada, e finalmente o solar do Cel Teixeira, restaurado e transformado no Palácio Cultural Carlos Martins. Uma pena que os Aquino não tenham conservado a casa de seus pais, nem a do período inicial nem a do apogeu, doada para a sede do Fluminense, como ocorreu com o solar do Major Manoel Antonio Oliveira Cruz, transformado na sede da Lyra Democrata. São esses prédios testemunhos vivos dessa nossa historia que não deve ser esquecida.

Fórum de São João da Barra
Fernando Antonio Lobato

EVERGETISMO, HONRARIA, TRADIÇÃO E REFLEXÕES.


Na Roma antiga, o homem rico ou nobre deveria conceder, à plebe, ao menos uma vez na vida, um espetáculo (teatro, corridas de carro no circo, lutas de gladiadores) ou construir um edifício público. Essa idéia, conhecida como evergetismo, um misto de generosidade, obrigação pública e desejo de se destacar é que levava esses homens a realizar tais feitos. Um nobre querendo sentir-se superior aos outros, tornava estes eventos e construções uma espécie de competição, buscando ser aclamado e lembrado pelas pessoas do local onde vivia. Os ricos se sentiam figuras públicas e recusar-se a doar era cair no esquecimento. Portanto, em vez de um prazer momentâneo, preferiam oferecer à cidade um edifício sólido, geralmente obras monumentais para ornamentar a cidade, ou construções como locais para banhos públicos, onde seu nome ficaria gravado.
Aqui em São João da Barra no século XIX, O Comendador Joaquim Thomaz de Farias, querendo perpetuar seu nome, construiu e doou à cidade o sólido templo dedicado a Nossa Senhora da Boa Morte, gastando do próprio bolso mais de cinco contos de reis.
Pois este templo, construído para abrigar a imagem doada pelo marinheiro Antonio Alberto de Vasconcelos, antepassado da família Lobato, foi desprezado pelos sanjoanenses e dado de bandeja para a Mitra de Campos, que agora deseja o mesmo com a matriz de S.João Batista.
Também no século XIX, o Coronel Emanuel Francisco de Almeida, com o mesmo intuito, mandou construir em pedra e cal o templo de São Pedro, onde foi sepultado junto à esposa, perpetuando dessa forma o seu nome junto à gratidão do povo sanjoanense pela doação.
No início do século XX o coronel Cintra, também para perpetuar seu nome mandou construir à frente da Sociedade Beneficente dos Artistas, o soberbo edifício do Teatro São João. Graças a esta obra seu nome ficou na memória imorredoura dos sanjoanenses e o prédio atesta ainda hoje a importância do gesto.
Estes exemplos deveriam ser seguidos por aqueles que desejam ver perpetuados os seus nomes e o panteão de suas famílias.
E como usamos hoje este espaço para falar do nosso patrimônio não podemos deixar de mencionar o insistente apelo para se alienar nosso rico patrimônio histórico, transferindo para terceiros o poder sobre o que hoje é propriedade da comunidade.
Santos, imagens, documentos históricos, prédios, assim como o imaginário do povo, suas lendas, cantigas, musicas, danças, receitas, constituem o patrimônio cultural da cidade e NINGUÉM está autorizado a dele se desfazer. As construções, doações e criações de nossos antepassados nos pertencem e não podem ser alienados.
Conhecer a história de nossa cidade, de nossos homens, de nossa gente, ajuda-nos a evitar equívocos e cometer injustiças através de homenagens imerecidas.


Fernando Antonio Lobato

O PONTAL DE ATAFONA E AS TRANSGRESSÕES MARÍTIMAS


Depois de visitada em 1501 pela expedição exploradora de Gaspar de Lemos, a foz deltaíca do Paraíba do sul, habitada geralmente pelos bravos guerreiros Goytacazes, voltou a ser visitada por homens brancos em torno de 1530 com a chegada do Donatário Pero de Góis proprietário da rica capitania da Paraíba do sul ou de São Thomé. No entanto embora senhor de toda essa terra o donatário escolheu a foz do rio Managé ou Itabapoana para estabelecimento de seus engenhos e vilas.
Por volta de 1620, segundo o notável historiador sanjoanense Fernando Jose Martins, que em 1868 publicou a história de nossa cidade; a foz do rio foi visitada por um grupo de pescadores oriundos de Cabo Frio, formando-se a partir daí o primeiro núcleo de povoação no extremo norte fluminense.
Ainda segundo Martins, sabemos que esta foz do rio Paraíba do Sul se achava nas imediações de onde hoje se localiza a igreja de N. Senhora da Penha. Esta foz deltaica era recoberta de geoberas e outras plantas aquáticas que impediam a passagem de embarcações, tornando impossível a passagem por ela, quadro que se perpetuou até o século XVIII, quando o rio foi desobstruído em função da crescente atividade da navegação fluvial.
Corre na tradição oral, que a partir dessa época a foz do rio foi se deslocando mar adentro, fazendo o oceano recuar formando uma extensa península de areia denominada Pontal pelos moradores da barra, posteriormente batizada de Atafona, em função de um imenso cata-vento (atafona em árabe) do período dos holandeses na região, graças aos conhecimentos eólicos desse povo, utilizando o farto vento da praia para mover bombas d’água.
O fato é que durante algumas centenas de anos o pontal foi-se alongando tornando-se terra firme e conseqüentemente atraindo os pescadores que começaram a construir suas casas sobre ele formando no século XX um imenso bairro de pescadores.
Recanto poético e inspirador o pontal tornou-se atrativo turístico da praia de Atafona e, com o advento dos banhos de mar e da moda de se freqüentar balneários famosos, passou a ser muito procurada principalmente a partir dos anos 30. Vale ressaltar a importância da praia de atafona com suas areias monazíticas na cura de doenças como poli nevrite e outras de pernas e ossos.
Voltando ao pontal, seu apogeu aconteceu na década de 70 quando se tornou nacionalmente conhecido principalmente depois de ser aproveitado para as filmagens de “Na Boca do Mundo” com Norma Benguel e Antonio Pitanga. Bares, restaurantes e casas noturnas foram aparecendo em rústicas palafitas entre dunas e manguezais tornando o local bucólico e aprazível. É nessa época o início das invasões do mar destruindo casas, ruas, bares, restaurantes, um posto de gasolina, frigoríficos, uma capela, quarteirões inteiros e depois todo o bairro inclusive os manguezais e todo o resto acabando com a longa península formada após a desobstrução da foz no século XVIII.
Hoje com um saldo de mais de 20 ruas destruídas, o que corresponde a um bairro inteiro, mais todo o princípio da avenida atlântica onde em torno de 200 casas de veraneio foram destruídas inclusive a mansão do Lysandro Albernas, da usina São João; com mais de 10 quartos e fantástica área social com piscina, salões etc.
Muitas hipóteses têm sido levantadas e diversos estudos versam sobre o fenomeno que recebe a atenção de grande parte do mundo científico. Segundo alguns esse fenômeno faz parte de um movimento cíclico que ora afasta o mar, ora avança. Para outros se trata do avanço do mar em função do enfraquecimento do rio, a cada ano com menos volume de água; para uma terceira corrente seria reflexo do aumento do nível das águas do mar em decorrência do aquecimento global.
Em verdade o fenômeno registra a força das águas, levando o homem a analisar a sua impotência ante a força da natureza. Embora a destruição do local sirva como atrativo turístico, a praia sofre com o fim de um dos seus mais encantadores e bucólicos recantos. Vale a pena ser conferido.

Fernando Antonio Lobato

ANTENOR LOBATO DE OLIVEIRA


Antenor Lobato de Oliveira nasceu em São João da Barra em 10 de outubro de 1909, filho de Jorge Lobato de Oliveira e Irene Sena de Oliveira Souza, neto de Carolina e João de Souza tabelião do 1°ofício e de Julia e Jose Lobato Neves, delegado da cidade. Órfão de pai aos cinco anos de idade, foi criado com os dois irmãos Joaquim e Dalila pela mãe e os avós maternos.
Aos quinze anos de idade ingressou na Companhia Ferroviária Leopoldina Railway servindo em diversas agencias como Campos, Barcelos, Pureza, Miracema, Leitão da Cunha, São João da Barra, Itaperuna onde se aposentou em 196... Passando a residir em Campos onde acolheu os netos em época de estudos.
Casou-se em 1930 com Adméa Bouchardet Batista, filha de Franklim Batista e Estella Bouchardet.
Desse consorcio nasceram três filhas Normeá casada com Odyr Borges de Oliveira; Nisséa casada com Agenor Pessanha Gaia e Nilse casada com João Francisco de Almeida.
Tem 13 netos: Agenor, Irene Estella, Walkiria, Wlamir, João Batista, Fernando Antonio, Beatriz, Franklim, Odyr Junior, Adilson, Alexander, Jorge Antenor e Renato.
Tem 19 bisnetos e 02 tataranetas.

Todos os netos sempre chamaram vovô de Sr. Lobato, nome que alias a cidade o chama há muito tempo, embora ele já tenha se chamado Nhonho. Economizar para o futuro e cuidar da saúde física e mental sempre foram seu forte e, se seus netos precisam de um exemplo de caráter, honradez e Dignidade têm nele um grande mestre.
 Seu lema sempre foi “Se você não beber nem fumar, fizer uma hora diária de exercícios e comer com moderação, você pode viver chateadíssimo, mas vai morrer vendendo saúde”.
Meus avós sempre foram um o complemento do outro e se minha vó era comunicativa, falante e gastadeira, vovô ao contrario sempre foi calado, sossegado e supereeconômico. Ajudou muito as filhas e os genros a cuidar dos netos que tem por ele grande admiração e respeito.
Sempre pronto a ajudar aos que dele se aproximaram em busca de auxilio, colaborando para obras sociais, filantrópicas, culturais e esportivas de ciade. Botafoguense de coração, Sempre gostou de futebol (jogou até os 30 anos), natação (nadou até os 90) e esportes em geral. Devoto de Nossa Senhora da Penha é um amante da praia de Atafona onde sempre teve casa de veraneio para onde levava os netos com os quais fazia divertidas excursões e piquenique ecológicos.
Um conservador por natureza, ajudou vovó a fundar o jornal “A Voz de São João da Barra” e “Folha Nova” do qual foi financiador nos últimos anos de existência do semanário sanjoanense. Avesso a badalações adora ler, fazer palavras cruzadas e conversar com as visitas que recebe com freqüência. Perto de fazer cem anos Senhor Lobato pode ser visto como um exemplo para nossa cidade, pelo amor que dedicou à família, a cidade e a Deus merecendo de nós seus familiares o mais devotado zelo e amor.





Antenor Lobato aos dois anos



Antenor Lobato aos vinte anos




Família Lobato nos anos 80, bodas de ouro de vovô e vovó e bodas de prata de tia Nissea e tio Agenor




Família Lobato em 2007, véspera do centenário de vovô


Fernando Antonio Lobato

segunda-feira, 26 de março de 2012

Congos comemora 80 anos

 
Uma noite dedicada a muito samba marcou a comemoração dos 80 anos do G.R.E.S. Congos no ginásio de esportes, no sábado 24. Inúmeros homenageados como destaques do carnaval e amigos da escola.
O ginásio ficou pequeno para grandes fantasias de luxo e pagode com o grupo Free Samba, com a participação especial da bateria da escola de samba Mocidade Louca de Campos dos Goytacazes, da bateria furiosa do Congos além da madrinha Thaís Malhardes, rainha Taiane Barreto, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Marlucia e Elder Amaral, Nelcimar Pires, Marines Avezedo, Ronalty Ferreira.
De acordo com o presidente da escola de samba, Flávio Raposo, o evento marca mais uma vitória da escola. “A comemoração começou no início deste ano com nosso belíssimo desfile. Relembrar momentos inesquecíveis e homenagear pessoas que sempre contribuíram para o brilhantismo da escola é de grande importância", afirma Flávio.
Conheça a história do Congos
Corria o ano de 1932. Era uma sexta-feira, véspera de carnaval, por volta das 17h. Na Padaria Luz, de propriedade do Sr. Eduardo Marcelino, situada à Rua dos Passos, centro de São João da Barra, entre os padeiros, tendo à frente José Gomes Teixeira (Tuiú), surgiu a idéia de organizar uma brincadeira para o carnaval.
Todos acataram a idéia e imediatamente escolheram o nome “NÃO ME DEIXE SOZINHO”,para o bloco que iriam formar.
Muito animados, no dia seguinte (sábado) foram às outras padarias e convidaram alguns padeiros para participarem da brincadeira.
No domingo de Carnaval eles se reuniram, pintaram o corpo de preto, a boca de vermelho e os olhos de branco. No nariz e nas orelhas colocaram argolas. Nos braços e nas pernas usavam palhões.
Assim preparados, saíram dançando e cantando uma animada marchinha em direção à casa do Sr. Antônio Fernandes Gomes.
Chegando lá pintaram os irmãos Arlindo e Nhozinho Fernandes, que se integraram ao bloco, e vieram em direção à Rua São João.
Zé Teixeira, Benedito Brutelo e Nonô Carcereiro, rapazes mais novos , acompanhavam a brincadeira.
Ao passar pela casa de Dona Quinhinha, mãe de Tuiú, esta rindo muito, exclamou:
- Vocês estão parecendo com os CONGOS !
Então, todos gostaram da sugestão e disseram:
- É isso mesmo, Dona Quinhinha ! Está escolhido. O nome do bloco vai ser CONGOS !
Acompanharam Tuiú na criação do bloco CONGOS vários de seus amigos, como Batista Valiengo, Manoel Januário, Dimas Manoel Peixoto, Manoel Barreto, Joaquim Barboza, Domingos Bacalhau (o primeiro porta-estandarte), Ataliba Mello, Nié, Salvador, Genaldo Paes (o primeiro baliza), Celso Pirralho, Zé Lalaia, João Caboclo, Zacarias Gregório, e outros mais.
Já como CLUBE CONGOS, o primeiro presidente foi o Sr. Dimas Manoel Peixoto, conhecido como Peixotinho.
Era dos próprios que saíam no bloco e do que se apurava no “livro de ouro” , ou ainda do bolso dos seus diretores, que vinha o dinheiro para a fantasia e para os carros alegóricos, sempre desfilando ao ritmo da marcha-rancho.
Mas é desde 1968 que, ao som do samba, o nosso antigo bloco, hoje GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA CONGOS, desfila com o seu incontestável brilho e ares de grande vencedor, a cada carnaval que passa.

Riquezas do Paraíso

O Rio Paraíba do Sul, que nasce em São Paulo na Serra da Bocaina guarda em seu percurso muitas riquezas. Na cidade de São João da Barra, já em sua foz, no século XIX muitos eram os sanjoanenses que moravam em belas casas nas ilhas do delta. Infelizmente quase nenhuma resistiu a ação do tempo. Mas uma sobreviveu, fica na ilha do Planta, bem em frente ao sertão de Cassimbas. Quem gosta de história, vale uma conferida, mas tem que ir com quem conhece: Como os Irmãos Cartacho. Esses ai da foto:














Fernando Antonio Lobato

quinta-feira, 15 de março de 2012

A arte de fazer sorrir

 
No dia 15 de março, dia do circo, o SJB Online conversa com o palhaço Linguicinha, que há 35 anos leva alegria às crianças da cidade.
Luiz Cláudio Augusto, 43, traz na bagagem a arte de fazer sorrir, herança que vem de berço. Seu falecido pai, Ricardo Augusto Cardoso, era o palhaço Pelado. Linguicinha considera ter recebido uma magia de presente. “Sou de família circense, trago alegria no sangue e gosto de fazer as pessoas felizes”.
Luiz Cláudio trabalha em projetos da Prefeitura e também no posto de saúde. “Hoje mesmo três crianças choravam no posto por causa de dor e eu as alegrei. A dor foi embora”.
Para o palhaço, alegria é fundamental. Chorar até vale, mas só se for de tanto sorrir.“Quero morrer com a cara pintada, de peruca amarela. Não gosto de tristeza, quero que as pessoas lembrem de mim sorrindo”.


























Marcelle Salerno