quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ruínas do trapiche testemunham época de riqueza

Às margens do rio Paraíba do Sul, no centro de São João da Barra, estão as ruínas do trapiche, testemunha de uma época de glória e riqueza, proporcionada pela navegação fluvial, que fez da cidade no passado a porta de entrada para as novidades que chegavam da Europa para o Norte Fluminense.O trapiche, espaço destinado à guarda da carga a ser desembarcada e embarcada nos navios, funcionou de meados do século XIX até o século XX, na década de 30. O depósito armazenava açúcar em grande quantidade, que era transportada pelo mar em navios costeiros, com destino aos portos da Bahia e Paranaguá. O prédio, que foi um dos últimos trapiches a funcionar no antigo cais, pertenceu ao comerciante muito rico no passado, chamado de Manoel Dias Alecrim. Alecrim residia onde hoje funciona o barracão da Escola de Samba Congos. Com a morte de Alecrim, o depósito passou para os cuidados de Constancio Gomes, avô de Delço Araújo, que, posteriormente, vendeu para Josemir Lima.Na década de 80, a Prefeitura adquiriu o prédio com o objetivo de construir um museu ou espaço para exposições.O diretor de Cultura da Prefeitura, Fernando Antonio Lobato, conta que existe um projeto para escavação arqueológica na área, a fim de resgatar peças importantes que poderão ser encontradas no interior do prédio, em seu subsolo. O projeto prevê também a construção de uma estrutura para proteção desses objetos. “É um memorial da navegação que funcionou no antigo cais do Alecrim e existe um anseio popular para a proteção do espaço”, defende Fernando.
 

























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