segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Espetáculo integra o Circuito Estadual das Artes 2011
Com objetivo em desenvolver a cultura e turismo de São João da Barra, a Prefeitura do município se une à secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro para trazer à sociedade uma reflexão e difusão da dança, música e produção teatral; desta forma, lançam uma mostra de espetáculos profissionais.
Em uma vasta programação, sempre acompanhada de workshops e oficinas, o grupo teatral Nós na Rua apresenta a comédia “Ninguém falou que seria fácil”, na próxima quarta-feira, dia 30, às 20h com classificação 16 anos, onde a entrada será1 kg de alimento não perecível.
Ao fim da apresentação, será feito um bate papo sobre o processo de criação do espetáculo. É importante ressaltar que a direção da peça pertence a Alex Cassal; o elenco é formado por Flávio Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello.
Na peça, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis.
Homem se torna pai; entretanto, não quer deixar o colo da mãe; uma filha argumenta racionalmente sobre as razões em não largar a chupeta e irmãos disputam por comida, espaço e carinho.“Ninguém falou que seria fácil” traz os embates familiares para o centro da arena.
“O objetivo maior em apoiar eventos desse tipo nos leva a fortalecer nossa busca maior, que é trazer eventos culturais para o nosso cotidiano”, comenta Silvano Motta
Conheça o histórico da peça
Relações em constante transformação. Um jogo de amarelinha para adultos. Um espetáculo ácido e afetuoso. A comédia Ninguém falou que seria fácil, de Felipe Rocha, com direção de Alex Cassal, ganhou elogios da crítica carioca e lotou os teatros em duas temporadas no primeiro semestre de 2011. Este é o segundo espetáculo do grupo Foguetes Maravilha, que já rodou o país com o monólogo Ele precisa começar e realizou também o espetáculo 2 histórias.
Ninguém falou que seria fácil mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 70, dança contemporânea, dramas familiares, exercícios metalinguísticos e fábulas para crianças. O espetáculo estreou em abril no Teatro Municipal Maria Clara Machado, recebendo elogios de críticos como Bárbara Heliodora: “É mais do que gratificante assistir a uma peça original, inteligente, com conteúdo e divertida, de um jovem autor nacional; ‘Ninguém falou que seria fácil’, de Felipe Rocha, é tudo isso. Toda uma série de episódios, que nascem de forma aparentemente aleatória, mas na verdade estão controlados por mão forte, apresenta variados aspectos de comunicação humana, principalmente dentro do quadro familiar. Cada segmento, é preciso dizer, tem sua própria dinâmica, seu próprio e vivíssimo diálogo, tudo isso interpretado por um elenco de três atores que mudam de personagem e funcionalidade, compondo um todo coeso, que transmite o que o autor dizer. É um momento privilegiado de teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira”.
Em cena, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis. Um homem se torna pai mas não quer deixar o colo da mãe, uma filha argumenta racionalmente sobre as razões para não largar a chupeta, irmãos disputam comida, espaço e carinho. Recriando os embates violentos e delicados que nos acompanham desde o pátio do jardim de infância, Ninguém falou que seria fácil traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança que fomos um dia? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar? Por que as marmotas hibernam? Para Felipe Rocha, “o fato de eu escrever esse texto agora se comunica com a experiência da paternidade, esse momento em que a gente vira pai e continua sendo filho, aonde a gente revive muito da nossa infância a partir do ponto de vista oposto ao que a gente tinha quando era apenas o filho”.
Entre as marcas da narrativa de Ninguém falou que seria fácil estão o humor, a ironia, os jogos de linguagem e as brincadeiras anárquicas de desconstrução e reconstrução das convenções teatrais. Um humor situado entre os Trapalhões e o grupo Monty Phyton; referências a um pop nostálgico, que vai de Jean-Paul Belmondo a filmes B de ficção científica, tudo marcado por um desejo de liberdade narrativa. Os criadores Alex Cassal, Felipe Rocha, Stella Rabello e Renato Linhares vêm trabalhando juntos em uma série de espetáculos de teatro e dança de diretores como Cristina Moura, Dani Lima, Christiane Jatahy e Enrique Diaz. “Tanto Felipe quanto eu passamos por áreas diversas, como o teatro, a dança, o circo. Nós temos em comum a vontade de trafegar por linguagens diferentes, vontade de pensar o que é a estrutura cênica, como podemos entrar e sair das regras estabelecidas de personagem, de unidade de tempo e espaço, de relação com o espectador, o quanto o espectador tem que acreditar no que vê”, pontua Alex Cassal. A exploração de novas formas de estar em cena, mais a cumplicidade fluida deste trio de atores resulta em um espetáculo vigoroso, de humor perturbador e energia contagiante.
O espetáculo conta com recursos do edital de apoio à criação de espetáculos teatrais da Secretaria do Estado de Cultura do Rio de Janeiro. E com o apoio do FATE (Fundo de Apoio ao Teatro), da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
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